Ao um meu amor que já não é...
Voltei a encontrar-te enfim! Como esperei este momento... Na minha cabeça, ele já aconteceu inúmeras vezes. Umas vezes a cena repetia-se. Noutras aconteciam coisas absolutamente improváveis.
Mas desta vez não estava a sonhar. Estavas aqui, à minha frente. Real. Tocável. Tangível. E completamente transtornado.
Gritavas, desvairado. Nos teus olhos lia-se um desespero que os teus lábios soltava aos repelões. Eu deixei que dissesses tudo. Talvez a minha serenidade te deixasse mais alterado ainda, não sei. Proferiste palavras horriveis, insensatas e imerecidas. Porque tu nunca deixaste que eu me aproximasse o suficiente para me poderes conhecer. Tu não sabes quem sou. E eu sei que todas aquelas coisas que me gritaste eram unicamente uma tentativa de me afastares da tua vida. Não sabias que já não queria fazer parte da tua vida. Não da forma que tu imaginaste quando me viste e não pudeste fugir. Sim, eu sei que fugirias se tivesses tido a oportunidade. Como tal não aconteceu, reagiste como um bicho acossado reage - atacando.
O que não sabias nem podias saber, é que eu estava a salvo de qualquer ataque teu. Só conseguimos magoar quem nos ama. E eu já não te amo. Tenho um carinho enorme por ti. És bom! Apenas fraco. Gostava que tivesses força para lutar pelos teus sonhos, para pelo menos tentares ser feliz.
"... o medo faz-nos sós..."
... be happy!
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